O homem que tentou inventar o botão “Curtir” na década de 1930

Você pensa que o botão de curtir foi invenção do Facebook? Não, senhor(a). Na década de 1930, um homem criou um dispositivo que poderia enviar feedbacks à estações de rádio com o simples apertar de um botão. O projeto foi batizado de “Radiovota”.

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A história

O Dr. Nevil Monroe Hopkins foi um engenheiro, pesquisador e professor de engenharia elétrica na Universidade de Nova York. Ele imaginou um mundo onde a mídia de transmissão poderia realmente se tornar uma via de mão dupla de comunicação. O Radiovota era um pequeno dispositivo que se conectava ao aparelho de rádio e contava com três botões: “Presente”, “Não” e “Sim”.

Ao usá-lo, as pessoas poderiam dizer se gostaram ou não de uma canção, ou se comunicar com os políticos por meio desse sistema inovador, podendo colaborar também no processo democrático. Pelo menos essa era a ideia tecno-utópica do Dr. Hopkins.

No dia 10 de junho de 1937, o jornal Laurens Sol, do estado de Iowa explicou que estava chegando o dia em que o “presidente dos Estados Unidos poderia fazer uma pergunta a seus ouvintes de rádio sobre alguma questão de política pública e receberia respostas imediatas de milhões de pessoas”.

Infelizmente, o dispositivo era muito primitivo, como você pode ver nas ilustrações abaixo, tiradas da edição da revista Radio-Craft, de junho 1934.

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Uma vez que o botão fosse pressionado, levaria cerca de 7 horas para a invenção de Hopkins ser registrada em uma estação de monitoramento. Não era um dispositivo instantâneo ou preciso, mas foi o melhor que o cientista podia conceber, tendo em vista a tecnologia precária da época. No entanto, as pessoas estavam otimistas de que isso poderia levar a coisas incríveis.

A ideia surgiu há cerca de 90 anos e hoje vivemos em um mundo onde podemos dar opinião em tudo, até mesmo de formas banais. O sonho do Dr. Hopkins se tornou realidade e segue presente em nosso dia a dia, seja isso bom ou ruim.

Fonte: Paleo Future

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Designer Gráfico há 15 anos. Natural de Curitiba/PR À frente do Inspi desde 2013. Apaixonado por arte, música e cultura visual.